Bioinsumos: A Nova Fronteira da Agricultura Sustentável

November 1, 2024

Estudo revela como bioinsumos ajudam a reduzir emissões de gases de efeito estufa e impulsionam a sustentabilidade agrícola.



01. Os bioinsumos na atualidade

02. Criação da ABINBIO e Suas Conquistas Legais

03. O que são bioinsumos?

04. Redução das emissões de GEE com bioinsumos

05. Sustentabilidade e benefícios econômicos

06. Tendência de crescimento dos bioinsumos

07. Tecnologia Agros: Aminoácidos de Síntese L-Alfa

08. Considerações sobre o setor

01. Os bioinsumos na atualidade


O uso de bioinsumos na agricultura está cada vez mais em evidência. Estes produtos são reconhecidos por suas contribuições significativas para uma agricultura sustentável, ajudando na preservação dos recursos naturais, na saúde do solo e na mitigação de problemas ambientais, como as mudanças climáticas. Além disso, o estudo recente divulgado pela Universidade da Califórnia (UC-Davis) em parceria com a Marrone Bio mostrou que, além de todos esses benefícios, os bioinsumos são essenciais para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo diretamente para a luta global contra o aquecimento global.


Em um mundo em que o setor agrícola é frequentemente acusado de ser um dos maiores emissores de GEE, essa descoberta coloca os bioinsumos no centro das atenções como uma solução viável para alcançar uma agricultura de baixo carbono.


02. Criação da ABINBIO e Suas Conquistas Legais


A Associação Brasileira de Indústrias de Biotecnologia (ABINBIO) foi criada em resposta à necessidade de regulamentação clara e segurança jurídica no setor de bioinsumos. Formada por 13 associados que representam quase 40% do faturamento desse segmento no Brasil, a ABINBIO foi oficialmente apresentada recentemente durante o BioSummit, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).


Desde sua criação, a ABINBIO tem se empenhado em influenciar as decisões regulatórias para garantir a qualidade e segurança dos bioinsumos produzidos no país. Uma das principais conquistas da associação foi a exclusão de dispositivos que permitiam a produção "On Farm" de insumos biológicos sem regulamentação ou controle de qualidade, conforme previsto no Projeto de Lei dos Agrotóxicos (PL 1459/2022). A ABINBIO também conseguiu barrar a comercialização de bioinsumos caseiros, prevista no PL 3668/2021, assegurando que a produção seja regulamentada por uma Comissão Técnica de Bioinsumos. Este órgão será assessorado por um Conselho Estratégico de Bioinsumos, do qual a ABINBIO faz parte, juntamente com representantes de órgãos da Saúde, Meio Ambiente e Agricultura.


03. O que são bioinsumos?


Bioinsumos são produtos formulados a partir de materiais biológicos, como microrganismos (fungos, bactérias, leveduras), plantas, extratos naturais e outros compostos orgânicos. Seu objetivo é substituir insumos químicos convencionais em diversos processos agrícolas, como a nutrição vegetal, o controle biológico de pragas e doenças, e a promoção de processos fisiológicos nas plantas.


Entre os exemplos mais conhecidos estão os inoculantes biológicos para fixação de nitrogênio, biofertilizantes derivados de compostagem e extrato de plantas ou extratos de algas, e agentes de controle biológico que combatem pragas de maneira sustentável, sem deixar resíduos tóxicos no ambiente. Estes produtos ajudam os agricultores a reduzir sua dependência de fertilizantes sintéticos e pesticidas, promovendo um ciclo agrícola mais equilibrado e ecologicamente saudável.


Por exemplo, o uso de inoculantes biológicos na cultura da soja tem permitido uma redução significativa no uso de fertilizantes nitrogenados, já que as bactérias fixadoras de nitrogênio convertem o nitrogênio atmosférico em formas utilizáveis pela planta, gerando economia para o agricultor e benefícios ambientais.


04. Redução das emissões de GEE com bioinsumos


O estudo da UC-Davis revelou que os bioinsumos emitem entre 69% a 91% menos dióxido de carbono (CO₂) durante sua produção em comparação com os insumos agroquímicos convencionais, como pesticidas e fertilizantes sintéticos. Essa redução é possível porque os estes utilizam recursos biológicos que demandam menos energia para serem produzidos e aplicados.



Além disso, a substituição de fertilizantes minerais por bioinsumos nas culturas de gramíneas, como milho, trigo e cana-de-açúcar, pode evitar a emissão de aproximadamente 18 milhões de toneladas de CO₂ por ano no Brasil. Isso representa uma contribuição substancial para o cumprimento das metas de redução de emissões estabelecidas nos acordos internacionais de mudança climática, como o Acordo de Paris.


Os bioinsumos também desempenham um papel importante na captura de carbono no solo. Ao promover uma melhor saúde do solo, eles aumentam a capacidade do solo de reter carbono, o que ajuda a mitigar as mudanças climáticas de forma natural e eficaz. Um exemplo é o uso de biofertilizantes derivados de compostagem, que não apenas aumentam a fertilidade do solo, mas também sequestram carbono, ajudando a transformar os campos agrícolas em importantes reservatórios de carbono.


05. Sustentabilidade e benefícios econômicos


A sustentabilidade é um dos principais pilares dos bioinsumos. Ao reduzir a necessidade de insumos químicos agressivos e promover práticas de manejo mais naturais, estes preservam a biodiversidade do solo, evitam a contaminação de corpos d'água e protegem os polinizadores, como abelhas, que são essenciais para a produção agrícola.


Os benefícios econômicos são igualmente significativos. Estima-se que o uso de bioinsumos possa gerar uma economia de até US$ 5,1 bilhões anuais para o setor agropecuário brasileiro, particularmente em culturas como arroz, milho, trigo e pastagens. Isso ocorre porque os agricultores que adotam bioinsumos conseguem reduzir os custos com fertilizantes químicos, pesticidas e correções de solo.


Além disso, os bioinsumos ajudam a melhorar a saúde das plantas, tornando-as mais resistentes a estresses ambientais, como seca e calor excessivo, o que resulta em maior produtividade e melhor qualidade dos produtos. Culturas mais saudáveis tendem a exigir menos intervenções corretivas, o que reduz ainda mais os custos de produção.


A adoção de bioinsumos também pode aumentar o valor agregado das produções agrícolas. Produtos certificados como sustentáveis ou orgânicos têm ganhado espaço nos mercados consumidores, tanto no Brasil quanto internacionalmente, e os agricultores que utilizam bioinsumos podem obter prêmios de preço por suas produções.


06. Tendência de crescimento dos bioinsumos


O mercado de bioinsumos tem experimentado um crescimento acelerado no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, o país tem uma das maiores taxas de adoção de bioinsumos no mundo. Isso se deve, em parte, ao crescente apoio governamental por meio do Programa Nacional de Bioinsumos, que busca fomentar a produção, comercialização e uso de insumos biológicos.


O Brasil é considerado um dos líderes globais na produção e uso de bioinsumos, e essa tendência deve continuar a crescer nos próximos anos. Além dos benefícios ambientais, o aumento na demanda por produtos sustentáveis e a pressão por práticas agrícolas de baixo carbono impulsionam ainda mais o uso de bioinsumos.


A nanotecnologia também está sendo integrada aos bioinsumos, permitindo o desenvolvimento de produtos ainda mais eficazes e específicos para diferentes culturas. Esses avanços podem levar a uma nova geração de bioinsumos, capazes de oferecer soluções personalizadas e de alto rendimento para os agricultores, ampliando ainda mais os horizontes da agricultura sustentável.


07. Tecnologia Agros: Aminoácidos de Síntese L-Alfa



A Agros Nutrition se destaca no mercado agrícola por sua inovadora tecnologia baseada em aminoácidos de síntese L-alfa, desenvolvidos a partir de extratos vegetais com um processo único e avançado. Esses aminoácidos, extraídos de fontes vegetais, posicionam nossos produtos como bioinsumos eficazes, promovendo uma nutrição vegetal sustentável e responsável.



Os aminoácidos desempenham um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento das plantas, e a aplicação de aminoácidos de síntese L-alfa traz diversos benefícios, como:


  • Estimulação do Crescimento: A presença de aminoácidos promove a síntese de proteínas e enzimas essenciais para o desenvolvimento saudável das plantas. Eles estimulam o crescimento radicular, a formação de folhas e a floração, resultando em colheitas mais abundantes.
  • Melhoria da Resiliência: A aplicação de aminoácidos aumenta a tolerância das plantas a estresses ambientais, como seca, salinidade e temperaturas extremas. Isso se traduz em uma maior capacidade de enfrentar desafios climáticos, mantendo a produtividade.
  • Aumento da Absorção de Nutrientes: Os aminoácidos atuam como complexantes naturais, facilitando a absorção de macro e micronutrientes essenciais, como ferro, zinco e manganês, que são cruciais para a saúde das plantas. Isso maximiza a eficiência dos fertilizantes aplicados e melhora a fertilidade do solo.
  • Apoio ao Metabolismo: Os aminoácidos estão envolvidos em diversos processos metabólicos nas plantas, incluindo a fotossíntese e a respiração. Isso resulta em um uso mais eficiente da energia e na produção de biomassa, contribuindo para a qualidade e o valor nutricional das colheitas.
  • Aumento da Qualidade dos Produtos: O uso de aminoácidos de síntese L-alfa resulta em produtos finais de maior qualidade, com melhor aparência, sabor e valor nutricional. Isso é especialmente importante para os mercados que demandam produtos frescos e de alta qualidade.


Por serem extraídos de fontes vegetais, nossos produtos não apenas promovem a saúde das plantas, mas também são alinhados com as práticas de agricultura sustentável. Os bioinsumos Agros representam uma solução eficaz para aumentar a produtividade agrícola enquanto respeitam o meio ambiente. O uso consciente e estratégico desses insumos é um passo importante para a construção de um futuro agrícola mais sustentável e produtivo.


08. Considerações sobre o setor


Os bioinsumos representam o futuro da agricultura sustentável. Com sua capacidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, melhorar a saúde do solo e aumentar a produtividade, eles oferecem uma solução viável para muitos dos desafios enfrentados pela agricultura moderna. Além disso, os benefícios econômicos, como a redução de custos e o aumento da lucratividade, tornam os bioinsumos uma opção atraente para os produtores rurais.


A transformação rumo a uma agricultura mais sustentável já está em andamento, e os bioinsumos desempenham um papel central nessa transição. Para os agricultores que desejam adotar práticas mais ecológicas e eficientes, investir em bioinsumos é uma decisão estratégica para o futuro do setor agropecuário.




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Matéria de referência: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/386750-bioinsumos-emitem-menos-gases-de-efeito-estufa-mostra-estudo.html


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