O setor de fertilizantes especiais, que inclui produtos como organominerais, bioestimulantes e foliares, está se recuperando após anos de instabilidade. Em 2023, o mercado movimentou R$ 22,64 bilhões, com crescimento de 2%, e para 2025, a expectativa é de alta acima de 10% ao ano. Segundo Roberto Levrero, presidente da Abisolo, esse avanço está ligado à necessidade de aumentar a produtividade sem expandir áreas agrícolas.

A tecnologia está no centro dessa mudança. Produtos como fertilizantes foliares (aplicados diretamente nas folhas) permitem nutrição precisa, reduzindo perdas e melhorando a eficiência das lavouras. Culturas como soja, milho e cana já adotam essas soluções em larga escala, impulsionando vendas.

Além disso, a queda nos preços de matérias-primas após o pico de 2022 trouxe alívio aos custos. Para o produtor, isso significa acesso a insumos mais acessíveis e eficientes, capazes de garantir safras mais rentáveis mesmo em cenários climáticos adversos.

Quem está por trás da demanda por fertilizantes especiais? O produtor rural que investe em gestão técnica e agricultura de precisão. Como explica Levrero, “quem utiliza essa tecnologia é o produtor mais preparado, que busca resultados além do convencional”. Esses agricultores já representam 42% do mercado, especialmente na soja.

Culturas como frutas, hortaliças e cana-de-açúcar também estão aderindo. No setor sucroalcooleiro, por exemplo, a busca por fertilizantes líquidos e sólidos especiais cresceu, visando otimizar a nutrição em grandes áreas. O milho, antes dependente de insumos tradicionais, também começa a migrar para soluções modernas.

Apesar do avanço, o segmento de orgânicos ainda enfrenta desaceleração devido à concorrência de preços. Mas a tendência é clara: quem investe em conhecimento e manejo diferenciado colhe vantagens competitivas.

Um dos grandes avanços recentes foi a aprovação da Lei de Bioinsumos em 2024, que deve destravar o mercado de produtos como bioestimulantes e inoculantes. A nova legislação, construída com participação da Abisolo, promete simplificar o registro de itens com “dupla aptidão” (nutrição e defesa das plantas).

No entanto, ainda há desafios. Produtos inovadores, como fertilizantes combinados com microrganismos, aguardam regulamentação específica. Para o produtor, a mudança significa mais opções tecnológicas e menor burocracia. A regulamentação também trará transparência ao setor, garantindo que produtos eficazes cheguem ao campo com respaldo técnico e legal.

A previsão de crescimento de dois dígitos em 2025 não é um acaso. O Brasil tem potencial para liderar o mercado global de fertilizantes especiais, graças à diversidade de culturas e à adoção acelerada de inovações. Biofertilizantes à base de extratos de algas e organominerais produzidos com resíduos agroindustriais são exemplos dessa revolução.

Por outro lado, a dependência de importações (70% dos fertilizantes especiais vêm do exterior) ainda preocupa. A Abisolo defende políticas para incentivar a produção nacional, como redução de impostos e linhas de crédito para fábricas.

Para o agricultor, a dica é clara: acompanhar as tendências e se preparar. Capacitação em manejo nutricional avançado e parcerias com empresas sérias serão essenciais para aproveitar as oportunidades que 2025 reserva.

O mercado de fertilizantes especiais está se reinventando, e o produtor rural é peça central nessa transformação. Com regulamentação em evolução, tecnologias acessíveis e demanda por sustentabilidade, 2025 promete ser um ano decisivo para quem busca alta produtividade com responsabilidade ambiental. Na Agros Nutrition, estamos ao lado do agricultor, oferecendo soluções inovadoras e apoio técnico para enfrentar esses desafios. O futuro do campo é especial – e começa agora.

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Fonte:

https://agfeed.com.br/economia/mercado-de-fertilizantes-especiais-deve-voltar-a-crescer-dois-digitos-em-2025/