Manejo de Pastagens: Estratégias para Maximizar a Rentabilidade na Pecuária

April 19, 2025

Uso inteligente do pasto, suplementação equilibrada e tecnologia transformam a produtividade do rebanho e a saúde do solo.

  1. Pilares do manejo eficiente: da escolha da forrageira ao controle do pastejo
  2. Estratégias por fase: cria, recria e engorda exigem abordagens diferentes
  3. Tecnologia a serviço do campo: inovações que revolucionam o manejo
  4. Sustentabilidade e capacitação: o futuro da pecuária está na integração e no conhecimento

1. Pilares do manejo eficiente: da escolha da forrageira ao controle do pastejo

O sucesso na pecuária começa com uma base sólida: o manejo correto das pastagens. A escolha da espécie forrageira é o primeiro passo e deve considerar adaptação climática, resistência a pragas e aceitação pelo rebanho. Capins como o Brachiaria ou Panicum, por exemplo, são opções populares devido à alta produtividade e valor nutricional. Além disso, a correção do solo com calcário e a adubação periódica são essenciais para repor nutrientes e manter a fertilidade, garantindo um crescimento vigoroso das plantas.

Outro ponto crítico é o controle da lotação animal por área. O superpastejo esgota a vegetação e degrada o solo, enquanto o subpastejo leva ao desperdício de forragem. O equilíbrio está no ajuste contínuo: monitorar o peso dos animais, a altura do capim e a capacidade de suporte da área. Ferramentas como divisão de piquetes e rotação de pastos ajudam a manter a produtividade sem comprometer a saúde do ecossistema.

2. Estratégias por fase: cria, recria e engorda exigem abordagens diferentes

Na fase de cria, onde bezerros são mantidos com as matrizes, o manejo é mais extensivo. Pastos maiores e rotação entre três ou quatro piquetes permitem que as vacas tenham acesso constante a alimento de qualidade, essencial para a lactação e desenvolvimento dos filhotes. Já na recria, o foco é acelerar o ganho de peso. Aqui, técnicas como a Recria Intensiva a Pasto (RIP) ganham destaque, combinando pastejo rotacionado com suplementação de 1% a 2% do peso vivo do animal – estratégia que pode aumentar o ganho diário em até 30%.

Na engorda, o objetivo é atingir o peso ideal para o abate rapidamente. Pastagens rotacionadas e suplementação energética são aliadas, mas o segredo está no detalhamento: ajustar a dieta conforme a disponibilidade de capim e as exigências nutricionais de cada lote. Propriedades que adotam esse modelo conseguem reduzir o ciclo de produção e elevar a rentabilidade por hectare.

3. Tecnologia a serviço do campo: inovações que revolucionam o manejo

Drones, satélites e balanças eletrônicas já são realidade nas fazendas de ponta. O monitoramento por imagens de satélite identifica áreas com falhas no pasto, enquanto drones mapeiam a saúde da vegetação e detectam invasoras. Já os softwares de gestão integram dados como ganho de peso, custos de suplementação e produtividade por área, permitindo decisões precisas em tempo real.

A automatização também chega à pulverização, com máquinas que aplicam defensivos apenas onde há necessidade, reduzindo custos e impactos ambientais. E não para por aí: sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) e lavoura-pecuária-floresta (ILPF) estão transformando propriedades em ambientes multifuncionais, onde a rotação de culturas recupera pastos e gera renda adicional com grãos ou madeira.

4. Sustentabilidade e capacitação: o futuro da pecuária está na integração e no conhecimento

As tecnologias são poderosas, mas só entregam resultados quando aliadas à mão de obra qualificada. Treinamentos contínuos para equipes são indispensáveis, seja para operar drones ou interpretar dados de softwares. Propriedades que investem em capacitação colhem frutos como menor taxa de erros, melhor aproveitamento de insumos e aumento na produtividade.

Além disso, modelos como ILP e ILPF reforçam a sustentabilidade. Ao integrar diferentes atividades, o produtor diversifica a renda, protege o solo da erosão e sequestra carbono – um diferencial valorizado pelo mercado global. Como ressalta Marcos Vinícius Schmitz, técnico agrícola, “a pecuária do futuro será feita por quem une inovação, respeito ao meio ambiente e gestão eficiente”.

O manejo de pastagens deixou de ser um simples cuidado com o capim para se tornar uma ciência estratégica. Com técnicas adaptadas a cada fase da produção, ferramentas tecnológicas, como os fertilizantes organominerais da Agros e investimento em conhecimento, o pecuarista transforma desafios em oportunidades.


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Fonte:
https://www.canalrural.com.br/pecuaria/manejo-de-pastagens-como-evitar-perdas-e-garantir-rentabilidade-na-pecuaria/
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