O papel do manejo e da adubação foliar no desenvolvimento da soja

Eduardo Gainete Ramos • June 22, 2022

Compreender todos os manejos e condições para um bom desenvolvimento impactam diretamente na produtividade da lavoura



1.    Introdução

2.    Emergência das plantas

3.    Aporte nutricional

4.    Adubação foliar

5.    Conclusão

 

1.    Introdução

Em uma boa lavoura de soja, os aspectos obtidos na colheita já devem ser parcialmente conhecidos desde a escolha das sementes. Entendendo o potencial produtivo da planta, deve-se dar o melhor manejo considerando uma série de fatores que levarão ao máximo potencial da lavoura, como:

·       clima da região;

·       condições do solo;

·       potencial genético;

·       adubação de base e de cobertura;

·       histórico sanitário da área;

·       manejo de doenças e pragas.


Assim, tendo em mente que o ciclo da planta inicia antes mesmo da semeadura, já é possível nos primeiros dias ter uma ideia de como será a colheita, a partir da observação da germinação e da emergência das plantas.

 

2.    Emergência das plantas

O processo de emergência das plantas da soja se dá logo após sua germinação, quando o hipocótilo consegue sair do solo expondo o cotilédone ao ambiente, totalmente apto a fazer fotossíntese. A partir do momento em que estes cotilédones formam um arco de 90º em relação ao hipocótilo, as plantas são consideradas como totalmente emergidas. Após esta etapa, é iniciada a liberação das folhas da soja e então, quando mais de 50% das plantas estiverem emergidas, considera-se o início do período vegetativo da lavoura.


O acompanhamento deste momento é importantíssimo para compreender como será a colheita, pois a emergência é a primeira métrica para definição de estande. A partir da porcentagem de emergência, define-se o vigor do lote e a necessidade de ressemeadura da área. A quantidade de plantas emergidas aqui, irá determinar o potencial máximo de colheita ao fim do ciclo do cultivo.


3.    Aporte nutricional

Após a emergência, dá-se início ao ciclo vegetativo, momento em que a planta destina suas energias ao acúmulo e distribuição de nutrientes, e também ao desenvolvimento de suas raízes e área foliar. Neste momento do ciclo, a planta precisa do máximo de condições favoráveis para alcançar o potencial de cultivo, como:

·       solo descompactado e aerado;

·       boa nutrição do solo;

·       temperaturas entre 20 e 30ºC (25 o ideal);

·       boa disponibilidade hídrica;

·       exposição solar;

·       manutenção de sanidade.


É importante que todos esses fatores estejam em um balanço adequado para que a cultura mantenha seu metabolismo em atividade plena e alcance um bom desenvolvimento. Quanto maior a área foliar e o número de ramificações alcançados nesta fase, melhor será a produtividade, já que no ramo se encontram os nós, onde se desenvolverão as flores e posteriormente as vagens, definindo então o potencial produtivo da lavoura.


Além dos nutrientes já empregados no solo, uma carga de nutrientes pode ser fornecida através da adubação foliar, que possibilita complementar o aporte já feito no solo, entregando à planta os nutrientes faltantes e estimulando sua atividade metabólica.


4.    Adubação foliar

A adubação foliar é a aplicação de nutrientes na cobertura, durante o período vegetativo, fornecendo de modo geral um novo aporte nutricional de macro e micronutrientes, sempre de forma complementar ao tratamento de base feito no solo. Pode ser utilizada para correção de deficiências encontradas ao longo do desenvolvimento, como também para maximizar o desempenho da planta cultivada.

Já muito comum na agricultura, principalmente em grandes culturas - soja, café, laranja, arroz - devido a uma série de vantagens que possui, são elas:

·       rápida e eficiente absorção dos nutrientes;

·       melhora a absorção de outros produtos aplicados;

·       complementa adubação de base;

·       repõe nutrientes em escassez;

·       estimula o metabolismo;

·       fácil aplicação.


Algumas barreiras ainda precisam ser rompidas pela adubação foliar, para que se torne cada vez mais difundida. Muitos produtores, tem em mente que basta fazer uma adubação de base com aplicações foliares destinadas apenas aos controles sanitários. Mas pouco se fala das funções anteriormente citadas que podem ser exploradas com o uso desta adubação foliar de cobertura.


A porta de entrada dos adubos foliares está nas estruturas presentes nas folhas. As estruturas presentes nestes órgãos são o que possibilitam a rápida absorção e consequente translocação por toda a planta. Estômatos, hidatódios e tricomas são exemplos de estruturas da planta por onde esta absorção é feita. Todos estes mecanismos estão ligados à absorção de água, acelerando e redistribuindo tudo ali presente, por toda estrutura vegetal.


5.    Conclusão

Observar o desenvolvimento desde a emergência até o comportamento das plantas durante seu crescimento vegetativo, é importante para se entender os resultados possíveis no final do ciclo. Todo este aporte bem feito leva a uma boa passagem de estágio vegetativo para reprodutivo, resultando em uma boa floração, para uma consequente boa formação de vagens e enchimento de grãos. Desta forma, fica claro que o conhecimento dos manejos desde o preparo do solo é importante para alcançar a colheita desejada!


Tem interesse em receber mais informações sobre como melhorar o seu manejo durante o crescimento vegetativo da soja? A equipe Agros está sempre ao seu lado para a leitura correta dos fatores críticos e tomada de decisões, levando ainda mais sucesso para a sua lavoura!


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FONTE:


https://flores.culturamix.com/informacoes/adubo-foliar

https://blog.aegro.com.br/ciclo-da-soja/

https://agropos.com.br/ciclo-da-soja-em-dias/

https://www.stoller.com.br/o-que-acontece-na-soja-emergencia-da-soja/

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