O tratamento de sementes de soja com fungicidas sistêmicos e de contato é uma garantia adicional para a boa germinação e emergência das plântulas, especialmente quando condições climáticas adversas (veranicos) ocorrem durante a semeadura. Além de proteger a semente no solo contra os fungos que podem ocasionar seu apodrecimento ou a morte de plântulas, o tratamento com a combinação de inseticidas, nematicidas, em lavouras que apresentam problemas de insetos e nematoides, pode garantir o estabelecimento de populações mais adequadas de plantas.
Basicamente, o tratamento da semente pode ser realizado tanto na lavoura “on farm” (TOF) ou em unidades de beneficiamento de sementes (UBS), utilizando equipamentos especiais e mais sofisticados que podem combinar a aplicação de fungicidas, inseticidas, micronutrientes, nematicidas, entre outros produtos, com a adição de polímeros e pó secantes. O Tratamento Industrial de Sementes (TIS) já é utilizado em cerca de 35-40% das sementes de soja utilizadas no Brasil.
Quando se trata de grandes volumes de sementes, o TOF é menos prático, razão pela qual grandes produtores preferem adquirir as sementes já tratadas ou adquirem seus próprios equipamentos ou se associam a cooperativas que realizam o TIS. As vantagens do TIS em relação ao TOF são: 1) precisão (volume de calda, quantidade de princípio ativo/semente); 2) melhores cobertura e aderência dos produtos à semente; 3) menor risco de intoxicação dos operadores; e 4) elevado rendimento/hora – existem equipamentos que podem tratar até mais de 30 ton/sementes/hora.
Porém, deve-se cuidar com os “pacotes fechados” de tratamento de sementes, que muitas vezes associam fungicidas, inseticidas, nematicidas, micronutrientes, reguladores de crescimento, enraizadores, inoculantes e polímeros, que eventualmente podem causar fitotoxicidade às sementes, além do impacto ambiental, devido ao excesso de produtos utilizados, os quais, muitas vezes, não são necessários em determinadas situações. Por esta razão, é importante que o produtor ou seu responsável técnico tenham a liberdade de decidir com quais produtos sua semente deve ser tratada, evitando, assim, desperdício de dinheiro e danos ao meio ambiente.
Outros fatores importantes a serem considerados são a compatibilidade dos produtos nas misturas de tanque (IN Nº 40 de 11/10/2018, Anexo 1 – MAPA) e sua compatibilidade com o inoculante (Bradyrhizobium), sendo recomendável a aplicação do inoculante no sulco de semeadura, se possível, especialmente em novas áreas de cultivo. Além disso, cuidado especial deve ser tomado com relação ao volume de calda, que deve ser o menor possível, mas que permita uma boa cobertura da semente. Normalmente volumes de calda entre 600 mL – 640mL/100 kg de sementes permitem que a semente tratada possa ser armazenada por quatro meses, sem prejuízo de sua qualidade fisiológica.
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FONTE:
Canal Rural
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