01. Aumento da Área Plantada e Produção Nacional
02. Desempenho Regional e Produtividade
03. Impacto Climático e Condições de Plantio
04. Consumo Doméstico e Perspectivas Futuras
01. Aumento da Área Plantada e Produção Nacional
O Rally da Safra 2024, realizado pela Agroconsult, concluiu a análise da segunda safra de milho no Brasil, revelando uma produção total de 100,5 milhões de toneladas. Este número superou as expectativas iniciais de 96,7 milhões de toneladas, mas ainda ficou 9,9% abaixo das 111,5 milhões de toneladas do ciclo 2022/23. A área total semeada alcançou 16,7 milhões de hectares, um aumento em relação à estimativa inicial de 16,3 milhões, porém menor do que os 17,5 milhões de hectares registrados na safra anterior.
Segundo André Debastiani, Analista de Mercado da Agroconsult, a safra foi caracterizada por incertezas climáticas, de área e de produção. Mesmo assim, as boas condições de semeadura e a janela de plantio favorável contribuíram para resultados melhores do que o esperado.
02. Desempenho Regional e Produtividade
O desempenho regional variou significativamente, com estados como Mato Grosso e Goiás se destacando positivamente. Mato Grosso registrou uma produtividade média de 118,2 sacas por hectare, uma ligeira redução de 1,6% em relação ao recorde de 120,1 sc/ha do ciclo anterior. Goiás, por outro lado, alcançou uma média recorde de 119,4 sc/ha, um aumento de 1,9% comparado às 117,2 sc/ha de 2023.
Em contraste, Mato Grosso do Sul teve uma produtividade média de 72,6 sc/ha, uma queda significativa de 25,5% em comparação às 97,5 sc/ha do ano anterior, refletindo a variabilidade climática entre as regiões norte e sul do estado. O Paraná também registrou uma diminuição de 6,7% na produtividade, com uma média de 91,4 sc/ha, influenciada por condições adversas no plantio.
No panorama nacional, a produtividade média do milho 2023/24 foi de 100,6 sacas por hectare, superior às 98,8 sc/ha esperadas em maio de 2024, mas 5,2% inferior às 106,1 sc/ha contabilizadas em 2022/23.
Média Produtiva por estado:
GO: 119,4 sc/ha (+1,9%)
MT: 118,2 sc/ha (-1,6%)
PR: 91,4 sc/ha (-6,7%)
MG: 90,6 sc/ha (-8%)
TO: 90,0 sc/ha (+15%)
MA: 87,0 sc/ha (-8,4%)
MS: 72,6% sc/ha (-25,5)
PI: 72,0 sc/ha (-12,3%)
SP: 66,8 sc/ha (-24,9%)
03. Impacto Climático e Condições de Plantio
As condições climáticas desempenharam um papel crucial na safra de milho 2023/24. Abril trouxe boas chuvas para regiões como Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí e Tocantins, beneficiando o desenvolvimento das lavouras. No entanto, a falta de precipitação em estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais impactou negativamente a produtividade.
O destaque positivo foi o calendário de plantio excepcional em estados como Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, o melhor desde a safra 2018/19. Essa condição favoreceu o estabelecimento das lavouras e contribuiu para a boa performance inicial da safra.
04. Consumo Doméstico e Perspectivas Futuras
A produção total de milho no Brasil para a safra 2023/24 foi de 126,5 milhões de toneladas, incluindo a primeira safra de 26 milhões de toneladas e a segunda safra de 100,5 milhões de toneladas. Apesar da redução de 10,7% em relação à safra anterior, este foi o segundo maior volume da história do país.
A média produtiva nacional ficou em 100,6 sacas por hectare, uma diminuição de 5,2% em comparação às 106,1 sc/ha do ciclo 2022/23. Goiás e Tocantins foram destaques positivos, enquanto Mato Grosso do Sul e São Paulo enfrentaram reduções consideráveis na produtividade.
O escoamento da produção para consumo doméstico foi significativo, com 60,1 milhões de toneladas destinadas à produção de proteína animal (70%), 16,6 milhões de toneladas para a produção de etanol (19,5%) e 8,3 milhões de toneladas para outros consumos (9,7%).
Mesmo com o decréscimo na produção, essa foi a segunda safra mais produtiva da história do país, perdendo apenas para a safra passada, que colheu 141,8 milhões de toneladas.
Em suma, a safra de milho 2023/24 no Brasil foi marcada por desafios climáticos e variações regionais, mas também por avanços na área plantada e na eficiência produtiva em várias regiões. As perspectivas futuras dependem da continuidade das boas práticas agrícolas e da adaptação às condições climáticas, visando manter a competitividade e a sustentabilidade do setor.
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Fonte:
Democratizar a tecnologia levando alta lucratividade para pequenos, médios e grandes produtores rurais.