1- Novos processos e tecnologias
2- A transformação do solo
3- Sequestro de carbono
4- Efetividade de manejo
5- Irrigação
1- Novos processos e tecnologias
Atualmente, é evidente que a população rural tem aproveitado as inovações tecnológicas para impulsionar seu desenvolvimento. Na atualidade, tratores com tecnologia computadorizada e equipamentos de última geração fazem parte do arsenal do agricultor quando se trata de plantio e colheita. Contudo, a modernização não se restringe apenas a esses processos, e os produtores rurais têm investido cada vez mais em tecnologia para obter informações precisas sobre fatores como clima, mercado, qualidade do solo, uso de água e fertilizantes, entre outros. Dessa forma, produtores rurais e engenheiros agrônomos podem tomar decisões acertadas no momento certo, o que reduz custos e aumenta a produtividade nas propriedades rurais.
A utilização dessas ferramentas, aliada a boas práticas como técnicas de conservação do solo e da água, trazem benefícios não só para os produtores rurais, mas principalmente para o meio ambiente. Se produzir mais com menor custo é bom, aumentar a produção de forma sustentável é melhor ainda. Isso é conhecido como agricultura eficiente e é uma realidade visível nos campos do oeste baiano.
2- A transformação do solo
Desde a colonização algumas regiões da Bahia foram exploradas relativas a atividade agrícola, transformando-as em potenciais produtores. Atualmente, a mesma abriga o maior produtor de algodão do Brasil, o segundo maior produtor de feijão e o quarto maior produtor de soja. A agropecuária no oeste baiano é altamente diversificada e tem importância não só nas culturas de grãos e fibras, mas também em produtos como café e mandioca, além de ser o maior produtor de frutas, como banana, mamão, manga, maracujá e coco, do país. O agronegócio é a principal atividade econômica da região e o impulsionador da economia local.
Toda essa motivação, expansão agrícola na região ocorre devido há altos investimentos especialmente em termos de fertilização do solo e manejo adequado. A aplicação de fertilizantes, a compra de equipamentos e, sobretudo, a adoção de práticas conservacionistas constituíram todas essas conquistas que garantiram uma significativa melhoria na qualidade da terra, aperfeiçoando o perfil do solo e tornando o cerrado uma área agrícola.
Devido a boas práticas de preservação, o agricultor Luiz Pradella vê, ano após ano, os resultados positivos em sua propriedade. Na fazenda, ele realiza a descompactação do solo, por meio do plantio direto e da rotação de culturas. Segundo ele, a combinação dessas técnicas permite a estruturação dos solos (abertura dos poros), o que ajuda na melhora do seu nível, “Como ganho direto eu poderia citar a economia operacional, já que reduz os gastos com combustível, além da segurança de se obter uma produção média maior e mais estável, pois se tem um solo mais fértil e melhor em quantidade e perfil, comprovado por análises em laboratório”, elencou o produtor.
3- Sequestro de carbono
Conforme Predella, há diversas vantagens diretas e benefícios inestimáveis para a natureza, pois essas práticas são ecologicamente adequadas, pois conseguem reter mais dióxido de carbono na terra. “Chamamos esse processo de captura de carbono (CO2) porque observamos um aumento da matéria orgânica do solo de até 0,01 % ao ano”, explica.
Um estudo recente de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), no Oeste da Bahia, confirma o argumento do agricultor. O estudo, que analisou uma área de cerca de 1,98 milhão de hectares, desmistifica a ideia de que a agricultura é a principal causadora do efeito estufa, mostrando que as atividades agropecuárias do oeste baiano reduzem as emissões de gases poluentes ao absorvê-los e retê-los no solo.
De acordo com o diretor de Águas e Irrigação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), o engenheiro agrônomo José Cisino Lopes, a retenção de CO2 no solo favorece as plantas para que elas tenham mais acesso à água e aos nutrientes, uma vez que desenvolvem um sistema radicular mais forte, “Com solo de maior qualidade e raízes bem desenvolvidas e mais profundas o resultado é uma lavoura mais saudável e com uma produtividade maior. Isso é bom para o produtor e melhor ainda para o meio ambiente”, explicou.
4- Efetividade de manejo
O engenheiro agrônomo também compartilha que toda essa efetividade se deve ao plantio direto, a rotação de culturas e ao monitoramento de pragas e doenças. Ele defende que essas práticas não apenas melhoram o solo, mas também ajudam a reter a água da chuva, evitando, assim, a erosão e contribuindo para a recarga dos aquíferos.
Recentemente, os agricultores do oeste têm adotado a técnica de plantio de fertilizantes durante o período seco (sem chuva), onde se coloca o fertilizante em linhas e, posteriormente, na época da chuva, se planta a semente na mesma linha. Isso só é possível porque os tratores são equipados com GPS, que identificam com precisão o local exato, utilizando sementes de alta qualidade, que frutificarão em sua totalidade, pois é necessário economizar tempo na semeadura para garantir a boa produtividade e manter-se competitivo, já que, devido a fatores climáticos, só é possível ter uma safra por ano. Isso é chamado de “agricultura de precisão ou eficiência”.
5- Irrigação
Ao discutir sobre práticas conservacionistas benéficas, é comum abordar a questão dos recursos hídricos. Esse é um assunto que preocupa os produtores rurais do oeste baiano, que buscam adotar uma agricultura sustentável. Para garantir uma irrigação eficiente, muitos agricultores da região investiram em estações agrometeorológicas próprias, que têm como objetivo fornecer informações precisas sobre o clima. Esses dados, combinados com informações sobre o solo, a cultura e o sistema de plantio, são alimentados em modernos softwares de gestão de irrigação. Isso permite que o operador tome decisões assertivas sobre o estabelecimento da lâmina d'água, o momento adequado e a duração da irrigação, evitando desperdícios de água e energia elétrica. As estações agrometeorológicas são automatizadas e de baixa manutenção, o que as tornam uma ferramenta prática e eficiente para os produtores rurais.
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Fonte;
https://www.bahiasemfronteiras.com.br/agro-oeste-baiano-se-destaca-por-desenvolver-agricultura-super-eficiente/
Democratizar a tecnologia levando alta lucratividade para pequenos, médios e grandes produtores rurais.