1- Cenário e influência externa
2- Propostas para o Agro
3- Impasses políticos
4- E a China?
5- Projeções e cenário atual brasileiro
1- Introdução
Há muitos anos o agronegócio representa mais de 1/3 do PIB brasileiro. Grande parte disso é decorrente dos processos de exportação, especialmente das principais commodities, que fazem com que estejamos sempre sob constante influência do mercado externo.
Por isso, períodos de mudanças ou instabilidades políticas em qualquer lugar do mundo tendem a gerar reflexos no nosso mercado. E não é diferente quando pensamos na eleição Argentina, que levou Javier Milei ao cargo presidencial no último dia 19/11.
O novo presidente apresenta propostas muito claras e objetivas para o Agro, gerando grandes expectativas e possíveis impactos para o Brasil.
2- Propostas para o Agro
O novo presidente argentino traz em suas propostas formas de fortalecer o país no ambiente agrícola, estreitando laços com parceiros estratégicos, mas também sugerindo certo afastamento de outros. O Brasil parece ser enxergado ainda como parceiro em vários cenários, mas um forte competidor em outros.
Entre as principais propostas, temos:
- Eliminar as taxas sobre exportações (retenciones);
- Acabar com tarifas de importação (fertilizantes, maquinário, etc);
- Reforma trabalhista tendendo à livre contratação;
- Revogação da lei de terras – permitir livre acesso a qualquer pessoa;
- Segurança no campo;
3- Impasses políticos
Com propostas ligadas principalmente a redução de carga tributária, há grande expectativa de que a eleição de Milei provoque um boom na produção agrícola do país, fato que se reforça ainda mais pelas seguidas falas do presidente, que afirma ter em seu território um potencial alimentar muito grande.
A diminuição do Estado e o fomento e facilitação do acesso à terra, associados às políticas individuais de proteção, foram bandeiras de campanha que permitirão, se implementadas, que o produtor rural tenha mais autonomia sobre sua propriedade e o futuro de sua produção. Basta entender agora o quanto destas propostas Milei irá de fato conseguir aplicar.
Apesar do oposto posicionamento político em relação a atual presidência do Brasil, relações de parceria principalmente com trigo e vinho tendem a se manter inalteradas. O ponto que merece atenção é justamente o fato de que o aquecimento do setor agrícola argentino em relação produção e exportação de soja carne bovina pode acentuar o histórico de disputa pela liderança global em ambos os setores.
4- E a China?
Outro fator de grande impacto na relação competitiva com o Brasil é a intenção de “dolarização” da moeda oficial argentina, que fomentaria a relação com os Estados Unidos, ao passo que diminuiria a presença no mercado Chinês.
Especialistas afirmam que este segundo caminho é pouco provável de acontecer, uma vez que as exportações para o país asiático representam quase 70% do mercado externo argentino.
Entretanto, caso de fato ocorram, caberá ao setor agrícola brasileiro entender como aproveitar as lacunas que serão abertas. O mesmo serve para a indústria brasileira, que passa a ter uma grande oportunidade no mercado vizinho, que promete menos tributos e burocracia
5- Projeções e cenário atual
Na safra passada o Brasil foi destaque mundial devido aos recordes de produção, favorecido pelas quebras ocorridas nos Estados Unidos e Argentina.
No entanto, com a chegada do El Niño, que já causa grande impacto tanto na região centro-oeste como no sul do país, a tendência para a safra 23/24 é de dificuldades.
Associando esse cenário desafiador para o produtor brasileiro aos impactos que poderão surgir das políticas de fomento de Milei, no apanhado geral, a tendência é de que haverá um aumento na disputa entre os países sul-americanos na competição pelo mercado externo.
Apesar disso, a corrida tecnológica brasileira foi acentuada nos últimos 5-10 nos, permitindo aumentos de eficiência e produtividade que podem ser observados ano a ano. Por isso, mesmo com as condições dificultadas pelo clima, o produtor consegue mitigar perdas com a adoção de conhecimento e tecnologias de ponta.
Neste movimento do agronegócio brasileiro, as indústrias de fertilizantes buscam cada vez mais novas tecnologias de ponta. A Agros cumpre seu papel através de seus fertilizantes especiais, que auxiliam no desempenho das lavouras frente aos estresses apresentados, promovendo redução de custos e ganhos de produtividade.
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Fontes:
https://www.estadao.com.br/economia/argentina-comercio-agricola-brasil-mais-competitivo/
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